Tive um ambiente repleto de leitura e escrita, pois meus pais sempre me incentivaram desde cedo no mundo encantado da leitura. Eles compravam muitos livros, gibis e revistas pra mim. Lembro-me do meu primeiro livro infantil, que quase todos os dias eu folheava-lo e de vez em quando minha mãe tinha que ler a história para mim, pois ainda não sabia ler – “O cão e a raposa” – um livrinho colorido e de lindas gravuras. Eu achava a história maravilhosa. Ainda mais porque tinha sido um presente que meu pai havia trazido de uma viagem que ele tinha feito e teve que ficar vários dias fora de casa a trabalho. Este livrinho era muito especial pra mim, tinha um grande valor sentimental. Outro livro que marcou muito a minha infância foi “O Menino Maluquinho” de Ziraldo, amava o personagem e me identificava com ele e com as suas travessuras e histórias. Foi de suma importância essa convivência doméstica, onde minha curiosidade foi aumentando e fui querendo participar das leituras cada vez. Adorava brincar de escolinha com os meus livros e revistas. Desde pequenina já sabia o que queria ser “professora”.
Quando criança sempre tive muitos livros infantis e revistinhas em quadrinhos que ganhava dos meus pais. A escola que eu estudava até a quarta série não tinha biblioteca e só entrei pela primeira vez em uma quando estava na quinta série, em uma escola bem maior do que a que eu estudava antes.
E só visitava a biblioteca para fazer trabalhos escolares e fora do horário de aula. Não lembro de ter sido incentivada ou de ter ido à biblioteca com os meus professores.
Quando estava na terceira e quarta séries, o diretor da minha escola, uma vez por semana, “tomava leitura”, quase morria de medo, mais foi um grande incentivo pra mim, já que queria sempre ler melhor e ser elogiada por ele. Pois eu, o achava o máximo, tinha muito carinho, respeito e admiração por ele.
Já quando adolescente, não lia muitos livros e não entendia muito bem quando meus professores pediam para ler alguns livros que eu não gostava.
Gostava mesmo era de revistas, foi então que minha mãe me emprestou um livro chamado “Pollyanna”, adorava o “jogo do contente” que a menina da história fazia e me apaixonei pela leitura e não parei mais de ler.
Lembro também que no Ensino Médio a minha professora de Língua Portuguesa incentivava muito a gente a ler, já que ela era apaixonada pela leitura e tinha muitos livros e que sempre emprestava para os alunos. E foi aí que ela me emprestou o livro “Capitães de Areia” de Jorge Amado e me fez ficar completamente apaixonada pela leitura. Cada livro que ela me emprestava cada vez mais me deixava encantada pela leitura e foi então que decidi fazer Letras.
E no ano passado ganhei um livro infanto-juvenil de uma aluna do 3º ano – “Uma professora muito maluquinha” de Ziraldo – que me marcou muito pois no final ela deixa uma dedicatória me comparando com a professora personagem da história dizendo que eu era a sua professora muito maluquinha e porém muito especial.E desse dia em diante este livro se tornou o meu livro de cabeceira.
Hoje sou amante da leitura e me divirto muito com eles. São meus grandes companheiros.
Cada livro uma viagem nova.